Ex-São Paulo, Harison Nery pendura chuteiras e vira técnico nos EUA

Publicado em 19 de fevereiro de 2016

Que o futebol nos Estados Unidos tem crescido e se tornado alvo de milhares de brasileiros não resta dúvida. Quem também se mudou para a Terra do Tio Sam e atualmente explora esse mercado é Harison, ex-jogador do São Paulo, que ficou conhecido por colocar o pentacampeão Kaká – atualmente craque do Orlando City – no banco de reservas ainda quando a dupla atuava nas categorias de base Tricolor.
Desde que parou de atuar profissionalmente há dois anos, Harison Nery mora em Atlanta e se tornou treinador de futebol após realizar um curso especializado, no próprio Estado da Geórgia, que o permite dar aulas para o público infantil e, claro, comandar equipes de futebol. Trata-se de uma espécie de credencial para exercer a profissão.
– Estou morando em Atlanta com minha família e como eu havia parado de jogar e meu projeto é ser treinador, fiz um curso aqui mesmo na Geórgia, e em seguida recebi o convite para ser treinador de uma equipe que disputa a liga semiprofissional Maggi, a mais importante do estado. Começamos o trabalho no Gladiators F.C e logo conseguimos a inédita classificação para os playoffs – declarou o novo técnico de futebol.
A rotina de treinos não segue o ritmo das equipes profissionais, pois a maioria dos atletas se divide entre o futebol e outras atividades, mas a estrutura de trabalho é bem semelhante, com campo para treinamentos e comissão técnica, incluindo médico e auxiliar.
– A liga reúne equipes formadas por jogadores de vários países, então precisamos de uma estrutura boa de trabalho, claro que não se vive apenas de futebol, mas treinamos três vezes na semana, por exemplo. Tenho dois auxiliares que me ajudam muito aqui, o Junior Completinho e o Thiago Praxedes. Além deste trabalho, já realizei outros, como a conquista inédita da Copa das Nações, representando a comunidade brasileira, em que vencemos a Argentina nos pênaltis – complementa Harison.
Para o futuro o ex-jogador planeja o mesmo sucesso obtido dentro das quatro linhas. Além dos cinco anos no São Paulo, Harison teve destaque no Japão, jogou na Europa, futebol asiático, se tornou ídolo em Campinas atuando por Ponte Preta e Guarani, e depois rodou por equipes como Paysandu, Duque de Caxias, Marcílio Dias, Grêmio Barueri e Bragantino-PA.
– Temos que começar por algum lugar e escolhi os Estados Unidos por muitas razões. A família da minha esposa mora aqui e a qualidade de vida é superior ao Brasil, com menos violência. Mas pretendo voltar um dia, quem sabe daqui uns quatro ou cinco anos. Quero treinar o Paysandu ou o Remo, e voltar ao São Paulo. Ainda preciso tirar a licença de treinador da FIFA para trabalhar em outros lugares, mas é o começo de uma trajetória longa e que será repleta de sucesso, tenho certeza – pontua o ex-jogador.

Técnicos “espelhos”
Além de dinheiro e amigos, Harison garante que um dos maiores presentes proporcionados pelo futebol foi ter sido comandado por técnicos de expressão no Brasil e no mundo. Muricy Ramalho, atualmente no Flamengo, e Jorge Jesus, treinador do Sporting de Lisboa, são as principais referências do ex-jogador são-paulino. Vadão também foi lembrado.
– Muricy, meu técnico no São Paulo e no Santa (Cruz), me ensinou muita coisa, principalmente pela seriedade dele no trabalho, e isso é uma coisa que levo não só para o trabalho, mas para minha vida. Outro é o Vadão, que foi um pai para mim no próprio São Paulo e também na Ponte Preta e no Guarani. É um cara que para onde eu ia, ele me levava. Tenho maior respeito por ele. Outro é o Jorge Jesus, que hoje é o técnico do Sporting. Quando fui para Portugal, ele me ensinou muita coisa, principalmente taticamente, e é muito diferente dos outros. Esses três caras que mais sigo como modelo – finalizou.
Globoesporte

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