Governo do Estado e Cruz Vermelha apresentam projeto voltado às mães de crianças com microcefalia

Publicado em 21 de junho de 2016

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), participou na manhã da última sexta-feira (17), no auditório da Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad), da apresentação do Projeto Alvorecer. O projeto, implantado pela Cruz Vermelha da Paraíba em parceria com Governo do Estado, Funad e Cruz Vermelha Internacional, tem por objetivo prestar ajuda humanitária às mães de crianças com microcefalia.

Participaram do evento a secretária de Saúde do Estado, Roberta Abath, a presidente da Funad, Simone Jordão, a psicóloga e coordenadora do Projeto Alvorecer, Caroline Eulálio, a representante da Cruz Vermelha Internacional, Mônica Possada, a representante da Cruz Vermelha Brasileira, Anette Angélica, e o representante da Cruz Vermelha na Paraíba, Silvio Guerra, além de representantes da Federação Internacional e mães de bebês com microcefalia. Depois da mesa de abertura, foi realizada uma dinâmica de grupo entre as pessoas presentes.

Segundo Caroline Eulálio, a ideia do projeto é acompanhar as famílias que apresentam casos de microcefalia, com apoio psicoterapêutico duas vezes por semana. A coordenadora do projeto agradeceu o apoio do Governo do Estado e Cruz Vermelha na Paraíba. “O Projeto Alvorecer nasceu junto com a minha filha, que hoje tem onze meses. Esse projeto foi gestado junto com ela, assim eu pude entrar em contato com esse mundo da maternidade, e descobri a necessidade e importância desse trabalho. É importante frisar que o projeto nasceu em parceria com a secretária de Saúde, Roberta Abath, e com o Silvio Guerra. Juntos nós gestamos o ‘Alvorecer’, que busca fortalecer as mães, pais e cuidadores dessas crianças, para que possam cuidar melhor de seus filhos”, disse Caroline.

A presidente da Funad, Simone Jordão, agradeceu ao apoio e parceria da SES e ressaltou a importância da implementação do projeto. “Esse projeto tem um significado muito grande para nós, pois cuidar de quem cuida é fundamental, e esse é o foco do projeto. Essas mães e pais precisam muito de escuta, de apoio, sabemos que isso é fundamental para garantir o processo de reabilitação e inclusão social dessas crianças no futuro. Para isso, precisamos hoje empoderar essas famílias, fortalecendo e mostrando como cuidar e viver bem em meio a essa situação. Desde 2011 o Governo do Estado vem trabalhando em benefício dessas crianças, e agora mais essa parceria só vem a somar para um maior cuidado e acompanhamento dessas famílias”, afirmou.

Já a representante da Cruz Vermelha Internacional (CVI), Mônica Possada, elogiou o trabalho realizado na Paraíba e disse que a CVI levará a experiência paraibana para vários países do mundo. “Chegando aqui me deparei com tamanha generosidade de todos vocês que fizeram possível esse momento tão inspirador. Como membro da Federação Internacional da Cruz Vermelha, creio que essa experiência pode e deve ser aplicada em outros países que também sofrem com casos de microcefalia relacionados ao Zika vírus. Estamos aqui trazendo o que sabemos e abertos a aprender todo o conhecimento que vocês podem nos passar, para que possamos compartilhar esse conhecimento com o mundo”, disse Mônica.

Emocionada, a secretária Roberta Abath agradeceu a parceria com a CVI e falou sobre o projeto Alvorecer. “Como mulher, mãe e médica congratulo a CVI pela parceria nesse momento tão importante. É em meio às adversidades que o ser humano aprende a se superar. Estamos hoje todos de mãos dadas, abraçando esse projeto que chega como uma luz para servir de exemplo a outros estados e ao mundo. Essa parceria transcende as barreiras internacionais e deixa um caráter de voluntariado a todos que possam agregar a esse projeto, caminhando unidos para que possamos avançar. Ratifico, enquanto Governo do Estado, o compromisso do dever que cada um tem de cuidar e assistir aos que precisam. Essa parceria transcende as barreiras governamentais e é um exemplo que pode arrastar multidões em todo o mundo”, enfatizou.

Animada, Gleice Kelly, 22 anos, mãe da pequena Raíssa, de nove meses de idade, participou das atividades e dinâmicas. Ela descobriu aos nove meses de gestação que sua segunda filha teria microcefalia e se assustou com a notícia. “Foi uma pancada forte na minha alegria. Já estava no final da gestação, certa que estava tudo bem, e então depois de fazer uma ultrassonografia o médico me diz sobre a microcefalia. Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso, não fazia ideia do que era, de como seria minha vida e a vida da minha filha”, disse.

Com o nascimento de Raíssa, Gleice foi aprendendo a lidar com a condição da filha. Ela ressalta o trabalho realizado pelo Governo do Estado no bom desenvolvimento da filha. “Com o dia a dia fui percebendo que ela é apenas mais lenta em seu desenvolvimento. Desde que completou dois meses de idade eu venho com ela três vês por semana para a Funad. Aqui ela faz estimulação visual, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, e já são visíveis os resultados. Ela já senta e abre a mãozinha, e sem a estimulação ela ainda não conseguiria. Agradeço ao Governo do Estado por cuidar e se preocupar com nossas crianças, pois desde a gestação fui bem atendida. Hoje só tenho a agradecer o trabalho maravilhoso que é realizado aqui na Funad. Por esse trabalho é que tenho fé que a minha filha vai se desenvolver bem e ser muito feliz”, concluiu Gleice.

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