Governo Lula destina R$ 3,6 milhões em publicidade ao ‘Programa do Ratinho’

Publicado em 19 de março de 2024

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destinou, em 2023, R$ 3,6 milhões em inserções publicitárias no Programa do Ratinho, do SBT. A quantia foi a maior entre os investimentos destinados a programas de auditório, superando os valores destinados ao Domingão com Huck (mais de R$ 2,4 milhões), Encontro (R$ 2,1 milhões), Silvio Santos (R$ 1,8 milhão) e Hora do Faro (R$ 1,4 milhão). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Do montante recebido pelo Programa do Ratinho, pelo menos R$ 280 mil foram direcionados para ações de merchandising, onde o próprio apresentador lê a propaganda. Em abril de 2023, por exemplo, Ratinho leu um texto da campanha “O Brasil voltou”, referente aos cem dias do governo petista.
O investimento em publicidade no Programa do Ratinho inclui campanhas da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e do Ministério da Saúde de 2023. Os fundos foram alocados tanto no canal nacional do SBT quanto em redes locais.
Entretanto, o Programa do Ratinho recebeu mais verbas durante o governo Bolsonaro. Apenas em 2022, foram desembolsados R$ 11,8 milhões.
As informações constam no portal da Secom da Presidência, que registra as inserções publicitárias autorizadas e realizadas em campanhas da própria pasta e de ministérios. Os dados, porém, não incluem os recursos destinados por bancos públicos e estatais, como a Petrobras.
O montante final repassado a cada canal pode variar em relação ao que é indicado no portal, pois uma parte dos pagamentos é efetuada após o governo verificar que o anúncio foi veiculado conforme acordado.

Polêmica com atual ministro da SECOM
Em 2020, ao compartilhar nas redes sociais um texto sobre a propaganda do governo Jair Bolsonaro no Programa do Ratinho, o atual chefe da Secom da Presidência, ministro Paulo Pimenta (PT-RS), fez uma referência a Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, ao escrever que “Goebbels morreria de inveja”.
“Eu tenho uma opinião pessoal sobre isso. Agora, eu estou aqui na condição de Secom. Isso é uma relação institucional. O que eu gosto ou não gosto das pessoas não pode interferir na decisão institucional da aplicação do recurso público”, disse o ministro à Folha de S.Paulo sobre as críticas do passado.

Foto: Divulgação/SBT
Terra

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