Inadimplência cresce 12% entre consumidores de Campina Grande

Publicado em 8 de janeiro de 2020

O número de inadimplentes cedidos pelo SPC Brasil com base nos registros obtidos ao longo dos últimos 12 meses mostra que durante todo o ano passado, 15.065 consumidores de Campina Grande adquiriram alguma nova dívida, número 12% maior que os 12.398 negativados ao longo de 2018.
Na avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) em Campina Grande, Artur Bolinha, a compra por impulso continua sendo um dos principais fatores dos consumidores não conseguirem honrar com compromissos financeiros em dia.
“Quando a compra não é planejada, pode faltar dinheiro para as despesas mensais, e o consumidor tem que buscar um crédito e pagar juros”, disse. O dirigente ressalta ainda que “cabe ao lojista tomar as precauções necessárias para identificar aquele cliente que oferece baixo risco de inadimplência mesmo quando está fazendo uma compra não planejada”.
O aumento da inadimplência não ficou restrito apenas aos consumidores. De acordo com o SPC Brasil, no ano passado 1.983 pessoas jurídicas campinenses adquiriram alguma dívida e ficaram com o nome na lista de devedores. Número 11% maior que o registrado em 2018 quando 1.781 empresas se tornaram inadimplentes.

Campinenses devem mais de R$ 48 mil ao SPC Brasil
Atualmente existem 32.794 registros pendentes de pessoas físicas e jurídicas com restrições junto ao SPC Brasil (dívidas adquiridas ao longo dos últimos cinco anos). Sendo 29.210 consumidores e 3.854 empresas. O valor ativo das dívidas dos campinenses junto ao órgão de proteção ao crédito é de mais de R$ 48 milhões. Já o ticket médio corresponde a R$1.465,35, por dívida em atraso.

Registros prescritos em seis meses passam de R$ 2 mi
Pela legislação vigente, quando passa de cinco anos, a dívida caduca, e o nome sai automaticamente dos órgãos de proteção ao crédito. Isso acaba induzindo algumas pessoas a não honrarem com seus compromissos na tentativa de recuperar o crédito após o período na lista de devedores. Somente nos últimos seis meses 2.596 registros de débitos prescreveram em Campina Grande, sendo 2.403 de pessoas físicas e 193 de pessoas jurídicas.
A soma de todos esses registros ultrapassa os R$ 2 milhões. Foram R$ 898.098,35 que deixaram de ser pagos por empresas e R$ 1.584.641,42 que não foram quitados por consumidores. Valor este que deixa de circular na economia local e que causa prejuízos ao credor.

Foto: Divulgação/CDL-CG
Portalcorreio

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