Indústria defende avanço de reformas no Congresso Nacional

Publicado em 8 de fevereiro de 2016

pauloAfonsoDiante de um processo de ajuste econômico incompleto e da indefinição de uma agenda de longo prazo, o Congresso Nacional será determinante na aprovação de propostas que assegurem a melhora do ambiente de negócios do país. Segundo o presidente do Conselho de Assuntos Legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Afonso Ferreira, sem avanços concretos em reformas estruturais, a economia deve seguir em recessão e aprofundar a retração da indústria. “É inaceitável para um país do nível de desenvolvimento do Brasil ter uma indústria de pequena magnitude. Esse quadro precisa ser mudado com urgência”, afirmou.

O chamado ao Legislativo para fazer as reformas de impacto na recuperação da estabilidade e da confiança nos rumos da economia foi feita no Seminário RedIndústria, que aconteceu em Brasília e terminou no último dia 3. O encontro reuniu mais de 200 técnicos da CNI, das 27 federações e 60 associações setoriais da indústria para construir a 21ª Agenda Legislativa da Indústria, documento que reúne as propostas prioritárias para a agenda de competitividade do Brasil.

ALICERCES – Ferreira destacou que a agenda da indústria no Congresso consolida as bases necessárias para o crescimento sustentado da economia, como a eliminação de fontes de insegurança jurídica, simplificação tributária e redução da burocracia. Em 2015, houve avanços, como a convalidação de incentivos fiscais pelo Senado e a aprovação de novas regras do Imposto sobre Serviços, na Câmara dos Deputados. “Vivemos um momento de grandes incertezas, em que a Agenda poderá ser um instrumento ainda mais útil”, ponderou.

O diálogo institucional, segundo Ferreira, será intensificado para qualificar os debates no Congresso Nacional na busca da aprovação de propostas urgentes e capazes de mudar expectativas sobre a economia. O desafio de recuperar a participação da indústria na economia, cuja parcela no PIB caiu o 8p.p., chegando a 10,9% em 2014, passa pela união em torno da agenda de competitividade. “Dificuldades políticas e baixo comprometimento dos diversos atores sociais com a superação dos problemas impediram os avanços necessários”, analisou.

Por Guilherme Queiroz

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