Israel lança ataque contra o Irã, diz imprensa dos EUA

Publicado em 19 de abril de 2024

Israel lançou um ataque contra o Irã, informou a imprensa dos Estados Unidos, na noite desta quinta-feira (16), citando um oficial dos Estados Unidos.
No sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones iranianos em um ataque sem precedentes contra Israel. Desde então, o governo israelense avaliava uma resposta militar.
A imprensa do Irã disse que, por volta das 21h30 (horário de Brasília), três drones foram vistos sobrevoando Isfahan. A região fica a 450 km de Teerã e tem instalações nucleares.
Enquanto uma emissora de TV do Irã disse que nenhuma explosão aconteceu em solo, três autoridades do Irã afirmaram ao jornal “The New York Times” que um ataque atingiu uma base aérea militar próxima da cidade de Isfahan.
Já a agência de notícias iraniana Fars News, ligada a Guarda Revolucionária do Irã, disse que ao menos três explosões foram ouvidas nas proximidades de uma base militar.
Segundo a Reuters, uma autoridade iraniana confirmou que não houve ataque com míssieis e que o sistema de defesa aérea foi ativado. As explosões ouvidas, segundo a autoridade, seriam resultado da ação do sistema de defesa.
A imprensa local afirmou também que as instalações nucleares iranianas permanecem ilesas.
Voos foram suspensos e cancelados em várias cidades, inclusive em Teerã. Imagens do FlightRadar mostram aviões desviando do território iraniano.
Até a última atualização desta reportagem, Israel e Irã não haviam se pronunciado sobre o assunto oficialmente.

Reposta de Israel
Até então, o governo de Israel ainda estava discutindo como seria a resposta ao Irã. Segundo o canal israelense Channel 12, Israel queria lançar uma réplica para “ferir” o Irã sem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional.
Por outro lado, o Irã disse que lançaria uma ofensiva ainda maior contra Israel caso fosse alvo de um contra-ataque.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou em uma conversa com o emir do Catar que qualquer ação contra os interesses do país receberá uma resposta severa.
Nesta quinta-feira, o Irã disse que poderia reavaliar sua doutrina atômica — que oficialmente é voltada para fins pacíficos — caso Israel mirasse instalações nucleares do país.
Crise entre Israel e Irã
A escalada na crise entre Irã e Israel começou no dia 1º de abril. Naquele dia, um ataque israelense matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas, na Síria.
O bombardeio atingiu o consulado do Irã em Damasco e foi conduzido por aviões militares. À época, Israel evitou comentar o caso, mas fontes da Defesa israelense confirmaram a autoria do bombardeio ao jornal “The New York Times”.
Um dia depois do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que Israel iria se arrepender do ataque.
Nos dias seguintes, começaram a pipocar informações sobre a possibilidade efetiva de uma resposta do Irã. O governo dos Estados Unidos, inclusive, demonstrou preocupação diante da ameaça.
A resposta efetiva veio no dia 13 de abril, quando o Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel, em um ataque sem precedentes.
A agência de notícias Associated Press informou que essa foi primeira vez que em o Irã lançou um ataque militar direto a Israel, apesar de mais de quatro décadas de uma inimizade que remonta à Revolução Islâmica de 1979.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos mísseis e drones lançados. Parte dos projeteis foi derrubada com a ajuda dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
O ataque levou os Estados Unidos a aplicarem novas sanções contra o Irã. No entanto, a Casa Branca avisou Israel que não participaria de um contra-ataque conduzido por Israel.

Foto: Atta Kenare / AFP / CP
G1

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