Líder supremo do Irã diz que casos de envenenamento de meninas em escolas terão punições severas

O líder supremo do Irã disse, nesta segunda-feira (6), que os casos de envenenamento de meninas em escolas do país são imperdoáveis.
Em imagens feitas nas ruas da cidade iraniana de Fardis, os moradores empurram os carros estacionados para dar passagem a uma ambulância. Os paramédicos chegam para atender mais um caso de envenenamento em uma escola feminina.
Um grupo de garotas contou que estava saindo da aula de educação física quando sentiu um cheiro muito forte no corredor. Instantes depois, tiveram dormência no corpo e queda de pressão.
Mais de 30 escolas femininas no Irã relataram casos de ataques com substâncias venenosas desde novembro do ano passado. Até este fim de semana, já são mais de mil vítimas. Muitas precisaram ficar internadas, mas não houve mortes.
O Ministério da Saúde do país determinou a criação de um comitê especial, com professores e médicos, para investigar os envenenamentos. Políticos iranianos afirmam que os crimes podem estar ligados a grupos religiosos que são contra a educação de mulheres.
A porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas cobrou transparência e pediu a implementação de políticas de proteção às mulheres.
Nesta segunda (6), o líder supremo do Irã condenou a onda de envenenamentos. O Aiatolá Ali Khamenei chamou os ataques de vandalismo e de um grande e imperdoável crime, e declarou que os responsáveis devem enfrentar as mais duras punições.
O presidente iraniano, sem citar nomes, acusou “os inimigos do país” de estarem por trás dos crimes.
A revolta tomou as ruas da capital. Em um protesto, um grupo de meninas gritava que os inimigos não estão na América, mas no Irã.
Foto: JN
G1