Mais de 50 morrem em incêndio em fábrica em Bangladesh

Publicado em 10 de julho de 2021

Ao menos 52 pessoas morreram, 30 ficaram feridas e dezenas estão desaparecidas em um incêndio em uma fábrica em Bangladesh, segundo boletim policial divulgado nesta sexta-feira (9).
As chamas começaram no térreo de um prédio de seis andares onde funciona uma fábrica de alimentos e bebidas em Rupganj, perto da capital Daca, na noite de quinta-feira (8).
Entre as dezenas de feridos estão trabalhadores que pularam pelas janelas para escapar do fogo, que continua ativo 24 horas depois. Os bombeiros também conseguiram resgatar 25 pessoas que se refugiaram no telhado.
O chefe do Corpo de Bombeiros de Daca, Dinu Moni Sharma, disse que o fogo se expandiu devido ao acúmulo de produtos químicos inflamáveis e de plásticos armazenados no interior da fábrica.
Em um primeiro momento, a polícia anunciou três mortes, mas o número de vítimas aumentou dramaticamente quando os bombeiros chegaram aos andares superiores e encontraram dezenas de corpos de trabalhadores.
“Três pessoas morreram ao pular do prédio para escapar do incêndio e 49 corpos carbonizados foram recuperados até agora”, disse Mustain Billah, administrador do distrito de Narayanganj, onde fica Rupganj.
“Ainda está queimando o último andar. Os bombeiros estão lutando para controlá-lo, pois produtos químicos e materiais inflamáveis foram armazenados dentro do prédio.”

Histórico de tragédias
Incêndios são frequentes em fábricas em Bangladesh devido ao descumprimento das normas de segurança, à fiscalização frouxa e à corrupção.
Grandes marcas ocidentais, que empregam dezenas de milhares de trabalhadores mal pagos em Bangladesh, estão sob pressão para melhorar as condições nas fábricas.
Em abril de 2013, a oficina de confecção Rana Plaza desabou devido a um incêndio e 1.138 trabalhadores morreram.
Em fevereiro de 2019, ao menos 70 pessoas morreram em um grande incêndio em um prédio residencial na capital Daca, onde produtos químicos haviam sido armazenados ilegalmente.
Foto: Mohammad Ponir Hossain/Reuters
G1

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