Mala de dinheiro apreendida pela polícia pode voltar para suspeitos de integrar ‘máfia da saúde’

Publicado em 7 de novembro de 2017

Bens apreendidos pela polícia numa operação que investigou um desvio milionários em verbas da saúde pública podem ser devolvidos aos investigados. O caso foi mostrado nesta segunda-feira (6) pelo RJTV.
Entre os bens estão R$ 1,5 milhão que estava numa mala, vinte quilos de joias em ouro, dezenas de relógios caríssimos, carros importados e até uma pele de raposa.
Tudo isso pertence ao irmãos Valter e Wagner Pelegrine e foi apreendido pela polícia em dezembro de 2015. Os dois são réus no processo que investiga o desvio milionário dos cofres públicos.
Eles eram os responsáveis pela Organização Social Biotech. E foram presos na Operação Ilha Fiscal. Escutas telefônicas com autorização da Justiça mostraram que até medicamentos dos pacientes eram desviados para os cavalos de raça da dupla.
O Ministério Público acusa a organização criminosa chefiada pelos irmãos Pelegrine de roubar R$ 48 milhões. Dinheiro que deveria ser usado nos hospitais Pedro II e Ronaldo Gazolla.
Valter e Wagner Pelegrini ficaram pouco tempo presos. Os advogados fizeram uma peregrinação na Justiça para liberar os bens da dupla.
Em novembro do ano passado, conseguiram a devolução de uma parte. O argumento foi o seguinte: se eles são acusados de roubar R$ 48 milhões, não havia motivo para reter mais do que isso. Entre os bens devolvidos estão: 20 carros, sendo duas Ferraris e cinco Porches, além de seis motos.
O Ministério Público não concordou e vem recorrendo desde então. Os promotores argumentam que o cálculo do valor a ser retido deve ser outro, com a inclusão de multa para cada crime e considerar a valorização dos recursos desviados. O que dá no mínimo R$ 110 milhões.
A Justiça, em segunda instância, já deu o veredicto: todo o valor acima de R$ 48 milhões deve ser devolvido. Inclusive a mala de dinheiro, que o Ministério Público diz que é fruto da corrupção. Mala que só não foi devolvida ainda porque há uma outra ação cível que mantém o bloqueio.
O Ministério Público também recorre de uma outra decisão da Justiça: o trancamento da ação contra Wagner Pelegrine. Ele foi considerado apenas um funcionário da Organização Social.
G1

Banner Add

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial