Militar suspeito de estuprar vizinha é preso após exame de DNA

Publicado em 24 de setembro de 2018

Um exame de DNA realizado em uma guimba de cigarro levou a polícia a prender o capitão da Marinha Andre Charmarelli Teixeira. Ele é acusado de estuprar uma vizinha em um prédio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.
De acordo com as investigações, o capitão teria pulado de uma varanda para outra para surpreender a vizinha durante a madrugada. Encapuzado, armado e com um pano de éter, ele chegou ao quarto da vítima, que estava dormindo.
No depoimento da mulher, que não quis se identificar, André ameaçou: ”Não reage para eu não te machucar, não te matar”. O capitão de fragata sempre negou tudo em vários depoimentos na delegacia da mulher, em Jacarepaguá.
Após luta corporal com o capitão, o carregador da arma caiu dentro da privada. Sem o carregador, o invasor fugiu. A vítima pediu ajuda em grupo do condomínio no whatsapp e o capitão ofereceu ajuda.
“Ele disse no grupo que era na Marinha, que está armado, vou aí te ajudar. Só que na verdade ele só queria voltar para resgatar o carregador que ele tinha perdido. O carregador dele é numerado. Certamente com aquele carregador, a polícia acharia ele muito rápido”, conta o promotor Alexandre Murilo.
A vítima reconheceu a voz do vizinho prestativo como sendo a do estuprador. Os Policiais Militares que atenderam ao chamado, levaram todos para a Delegacia da Mulher. “Ela teve a certeza que era ele, quando ele pegou o carregador no vaso sanitário”, disse a Delegada Rita de Cássia.

Guimba de cigarro ajuda a polícia a concluir inquérito
O próprio capitão deixou outros inícios que o levaram a prisão depois de negar tudo em depoimento. As várias guimbas de cigarros fumados por André foram deixadas no canteiro da delegacia, recolhidas por um agente e enviadas para o Instituto de Pesquisa em Genética da Polícia Civil.
“Chamamos ele aqui na delegacia, perguntamos se ele poderia oferecer material (carregador), já que existia essa dúvida. Ele se negou. E aí, ele é fumante, fumou vários cigarros aqui, do lado de fora da delegacia, na porta da delegacia. E aí depois que ele foi embora, os policiais arrecadaram todas as guimbas de cigarro que continham a salva dele e mandamos para pesquisa de DNA. Nós fizemos, na verdade, um confronto entre o vestígio encontrado no local, o sangue, e a saliva da guimba de cigarro”, revela a delegada.
A Marinha informou que está colaborando com as autoridades policiais e que o capitão está detido no presídio militar à disposição da justiça. De acordo com a marinha, não é possível dizer que tipo de punição será dada ao militar caso ele seja condenado em última instância. A produção do Bom Dia Rio não conseguiu contato com a defesa do capitão.

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