Modesto critica árbitro e tentará anular cartão de Braz: “É muito sol na cabeça”

O presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, tentará anular o cartão vermelho que o zagueiro David Braz recebeu na derrota por 2 a 0 para o Corinthians, no último domingo, na arena, em Itaquera, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira, o dirigente questionou a atitude do árbitro Flávio Rodrigues Guerra.
Em entrevista coletiva na Vila Belmiro, Modesto, ironicamente, culpou o forte calor de mais de 30ºC em Itaquera pela expulsão de Braz e pelas divergências na súmula da partida. O zagueiro do Peixe foi advertido após Zeca cometer pênalti em Vagner Love. No documento do jogo, para justificar o cartão vermelho, o árbitro alegou que o defensor o ofendeu.
Modesto acredita que Flávio Guerra expulsou o camisa 14 do Santos porque achou que ele havia feito o pênalti em Love, mas que, na súmula, relatou xingamentos.
– Se nós assistirmos ao lance, veremos claramente que o árbitro vai ao assistente e pergunta quem cometeu o pênalti. O assistente, com toda segurança e certeza, afirma: foi o David Braz. Aí o árbitro volta e expulsa o David Braz. O (Flávio Rodrigues) Guerra se confundiu na hora de fazer a súmula, foi muito sol quente na cabeça. Isso causa uma certa pressão em todos. Ele já está com a pressão de mais uma encrenca – disse o presidente do Alvinegro.
Modesto Roma Júnior não sabe como reverter o cartão vermelho que tira David Braz da partida contra o Internacional, no próximo domingo, às 11h (de Brasília), na Vila Belmiro, mas garante que o departamento jurídico do Santos está estudando a melhor maneira de tentar absolver o zagueiro e deixá-lo à disposição de Dorival Júnior.
– Existem casos na Fifa a esse respeito, de erro na súmula. Não existe isso no futebol brasileiro, mas está na hora. Então, baseado nisso, nosso departamento jurídico está estudando o que pode fazer. Como a suspensão é só para domingo, acreditamos que ainda há tempo de um recurso neste sentido – completou.
Após o relato de agressões verbais na súmula, David Braz se defendeu e afirmou que não disse ao árbitro o que está relatado. O zagueiro pediu para Flávio Rodrigues Guerra provar as acusações escritas no documento.
– Eu nenhum momento eu xinguei. Estou com a consciência tranquila, não fiz nada. Quero que ele prove. E eu peço isso para as pessoas que cuidam disso da comissão de arbitragem, que possam pegar essas provas. Como eles têm ponto, devem ter gravado – afirmou.
Enquanto isso, a procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) analisa o caso e cogita denunciar o defensor ao órgão.
Globoesporte