Número de jovens de até 17 anos que tiraram título de eleitor cresce 45% de fevereiro para março

Publicado em 7 de abril de 2022

A campanha para que os jovens de 16 e 17 anos tirem o título e votem em outubro começou a produzir resultados.
Esse, com certeza, vai ser um dos anos mais importantes da vida de uma turma exibida pelo JN. Em 2022, eles vão escolher uma profissão, vão fazer vestibular e vão votar pela primeira vez.
“É muita ansiedade. Lá em casa a gente discute muito sobre política, quem vai votar, quem não vai. Lá em casa, todo mundo vota em quem quer”, diz a estudante Thamiris Souza, de 16 anos.
No intervalo da aula de redação, a professora Luciene fez uma pesquisa rápida com os alunos: “Eu gostaria de saber aqui de vocês, jovens maravilhosos, quem já tirou o título de eleitor? Podem levar a mão, por favor (alunos levantam a mão). Isso aí, muito bom.”
André Luiz Simões tirou o título há poucos dias: “É muito importante a gente poder escolher o nosso representante de maneira correta, para poder ter certeza de que lá na frente a gente não se arrepende.”
O número de jovens como o André, que têm entre 15 e 17 anos e que tiraram o título de eleitor, aumentou 45% de fevereiro para março no país. Passou de 199 mil para 290 mil. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Tribunal Superior Eleitoral.
“Novas eleitoras e novos eleitores nesta faixa etária, que não têm obrigação constitucional de votar, mas optaram, de modo elogiável, por participar da vida política do país por meio da escolha de candidatas e candidatos que os representarão pelos próximos quatro anos”, definiu o ministro Edson Fachin, presidente do TSE.
Jovens de 15 anos que vão fazer 16 até o dia da eleição podem fazer o documento. Não dá para dizer que dá trabalho tirar o primeiro título de eleitor. Ninguém precisa ir ao cartório eleitoral para isso. É só entrar no site do Tribunal Superior Eleitoral, colocar nome, RG, e-mail e local de nascimento e enviar quatro fotos: uma frente e verso de cada um dos documento, uma do comprovante de residência e uma selfie com o documento de identidade. Depois, se estiver tudo certo, é só baixar o título no aplicativo do TSE.
“Foi um processo bem tranquilo. A gente tira uma foto frente e verso do documento e, a partir disso, a gente manda para a plataforma. Logo em seguida, demora uns dois, três dias e eles já mandam para você o documento”, conta André.
A cientista política Marjorie Corrêa Marona, professora de Ciências Políticas da UFMG, lembra que é fundamental que os jovens também votem.
“Amplia a sua capacidade de influenciar os destinos do nosso país, as políticas públicas, muitas das quais têm ligação direta com agendas históricas dos jovens. No campo da educação, da cultura, da mobilidade, essas são agendas com as quais os jovens se associam historicamente”, afirma.

G1

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