Petrobrás envia alerta ao governo sobre risco de desabastecimento de diesel. Estoque atual só daria para 20 dias

Publicado em 27 de maio de 2022

Apesar de já tê-lo feito informalmente, a Petrobrás enviou ao governo Jair Bolsonaro (PL) um ofício para formalizar o alerta sobre o risco de desabastecimento de diesel no Brasil, informa Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Por meio de ofício, a diretoria da empresa enviou dados ao governo que justificam o alerta. Com o documento, a empresa se blinda de possíveis ataques de Bolsonaro. Caso a crise se instale, ele não poderá jogar sobre a Petrobrás a responsabilidade e alegar que não sabia do risco.
A empresa diz que caso sua política de preços seja alterada – a política que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar -, haverá risco de desabastecimento porque afetará a importação do produto.
De acordo com a previsão, faltaria diesel no país no terceiro trimestre deste ano, justamente na época em que o combustível tem sua maior demanda. O período é o de maior exportação de grãos.
Conselheiros da Petrobrás se mostram assustados com a lentidão do governo Bolsonaro. Para eles, já deveria haver traçado um plano emergencial contra a escassez de combustível. “Descaso”, eles dizem.
Os conselheiros defendem que o governo já deveria se preparar para ter que priorizar o fornecimento de diesel para setores essenciais da economia, como os de saúde e distribuição de alimentos.

ESTOQUE PARA 20 DIAS
O estoque de diesel, comercializado nos postos de combustíveis brasileiros e fundamental para o transporte de caminhões, é capaz de garantir o suprimento do mercado nacional por menos de 20 dias se, nesta sexta-feira (27), for interrompida a produção interna do derivado e suspensa a sua importação. O alarmante dado foi registrado em declaração de produtores e distribuidores de diesel apresentada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
De acordo com o jornal Valor Economico, atualmente, os importadores diminuíram o ritmo de compra no exterior devido ao congelamento do preço do diesel vendido pela Petrobras, que torna a venda do derivado pouco ou não atrativa comercialmente
Apesar de já tê-lo feito informalmente, a Petrobrás enviou ao governo Jair Bolsonaro (PL) um ofício para formalizar o alerta sobre o risco de desabastecimento de diesel no Brasil. Por meio de ofício, a diretoria da empresa enviou dados ao governo que justificam o alerta.
Com o documento, a empresa se blinda de possíveis ataques de Bolsonaro. Caso a crise se instale, ele não poderá jogar sobre a Petrobrás a responsabilidade e alegar que não sabia do risco.
A empresa diz que caso sua política de preços seja alterada – a política que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar -, haverá risco de desabastecimento porque afetará a importação do produto.
Conselheiros da Petrobrás se mostram assustados com a lentidão do governo Bolsonaro. Para eles, já deveria haver traçado um plano emergencial contra a escassez de combustível. “Descaso”, eles dizem.

Brasil 247

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