Postos não vão mais mostrar a terceira casa decimal do preço dos combustíveis, mas preços continuam os mesmos

Publicado em 4 de maio de 2022

A mudança acontece no próximo sábado (7): é quando termina o prazo dado pela Agência Nacional do Petróleo para que os revendedores reduzam de três para duas casas decimais os preços dos combustíveis. Vale para gasolina, etanol e GNV.
“A impressão que tenho é que o arredondamento vai ser sempre para cima, mas isso não tem problema. Tirar essa última casa para mim é essencial”, afirma Elci Alves, militar da reserva.
Segundo a ANP, o motivo da mudança é deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, além de estar alinhado com a expressão numérica da moeda brasileira.
Em alguns modelos de bomba, o terceiro número depois da vírgula vai continuar aparecendo, mas o número deverá ser zero e ficar travado no momento do abastecimento.
“Ficou bom porque é muito número. Chega na hora, no cartão, o cara tira 6,89 e mais centavos, é muito complicado isso. Basta ser simples e compreensível, para ficar mais fácil para você pagar e ele receber”, diz o taxista Nailton Magalhães.
Faz nove anos que a exibição dos preços com três casas decimais é obrigatória. Foi a própria ANP que, no passado, entendeu que deveria ser assim. A razão era que a compra feita pelos postos é por metro cúbico, e a venda para os consumidores é por litro. Para evitar que os revendedores arredondassem para cima o preço do litro, optou-se pela obrigatoriedade das três casas decimais. Um posto no Rio de Janeiro já se ajustou às novas regras.
Para os motoristas, a redução de uma casa decimal muda quase nada na conta final. Não há impactos importantes sobre as despesas com combustíveis, nem é possível troco em milésimo de real.
O preço médio da gasolina no país, hoje, é de R$ 7,283. A esse preço, um motorista que use 100 litros de gasolina por semana, em um ano, gastará R$ 37.871,60. Sem a última casa decimal, o valor em um ano seria R$ 25,60 menor. Se o dono do posto resolvesse arredondar para cima, para R$ 7,29, no fim de um ano o motorista pagaria R$ 36,40 a mais.
O presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Rio, Manoel Fonseca da Costa, é a favor da medida:
“Na questão de marketing, é melhor você botar para baixo. Agora, se quiser arredondar para cima, fica mais complicado para o consumidor. Ele vai ver o número maior, né?”
G1

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