Quadrilha de Playboy planejava retomar territórios na Maré, diz PM

Publicado em 9 de agosto de 2015

procuradoSegundo a Coordenadoria de Inteligência da PM, a quadrilha de Celso Pinheiro Pimenta, o traficante Playboy, morto em operação das polícias federal, civil e militar neste sábado (8), pretendia tomar as áreas perdidas nos últimos anos no conjunto de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio.
Segundo a PM, a facção de Playboy receberia apoio de outra mais antiga para retomar territórios da Maré para repartí-los. “Este ataque para tentar tomar o Parque União e o Conjunto Esperança pode realmente ocorrer”, disse o coordenador de inteligência da PM do Rio, Antônio Goulart, durante entrevista coletiva após a morte do traficante. A informação teria chegado à polícia através de denúncias.
Essas informações sobre ataques, segundo ele, chegaram ao conhecimento da inteligência há dois meses. “Pode acontecer a qualquer momento. Ele era uma figura muito agressiva, e gostava de retomar e até tomar territórios”, afirmou o coordenador.

Encontro com pai de santo
A informação de que Celso Pìnheiro Pimenta, o Playboy, de 33 anos, iria se encontrar com um pai de santo neste sábado (8) foi essencial para que policiais federais levantassem a localização do bandido, morto em operação conjunta da corporação com a Polícia Civil e a PM.
Como mostrou o RJTV, o bandido levou um tiro no peito e outro na perna. Segundo a polícia, ele reagiu após ser encontrado na casa da namorada, no Morro da Pedreira, Zona Norte do Rio.
Playboy ganhou esse apelido porque foi criado em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, numa família de classe média. Ele tinha trinta e três anos. A polícia diz que, aos 16, já era bandido.
Delegados de diferentes corporações detalharam na tarde deste sábado (8) a operação que terminou com a morte de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, no Conjunto de Favelas da Pedreira, Zona Norte do Rio, neste sábado. Segundo Fabrício Pereira, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, Playboy tentou resistir a tiros de pistola. Ele afirmou que uma pistola Glock foi apreendida na casa onde o traficante morreu e, na residência de sua namorada, foi encontrado um Fuzil 762.
Segundo a polícia, a operação começou por volta de 12h. Ainda de acordo com Pereira, Playboy estava com quatro homens armados e reagiu no momento em que a equipe da Core chegou à casa de sua namorada. “Ele estava com quatro seguranças e tentou atirar”, disse ele. Nenhum dos seguranças, entretanto, foi preso, embora a polícia tenha encontrado motos e quentinhas abandonadas por eles antes da fuga.
Durante a coletiva, o Comando de Operações Especiais (Coe) da PM anunciou que vai ocupar o Complexo da Pedreira por tempo indeterminado. A determinação é da Secretaria de Segurança junto ao Comando da Policia Militar. A ocupação já começa neste sábado (8).
“As ações visando a prisão de marginais e a apreensão de armas continuarão”, afirmou Antônio Goulart, da inteligência da Polícia Militar. A ocupação já estava prevista desde ontem, em caso de sucesso na operação de captura do Playboy. “O complexo é bastante extenso. Uma estimativa de 400 homens, no mínimo, seria bom”, disse o coronel.
A Polícia Federal afirmou que investiga Playboy e sua quadrilha há um ano. A corporação levantou locais onde o bandido poderia estar. “Outros serão presos em breve”, afirmou João Luiz Araújo, delegado da Polícia Federal. A presença de policiais e agentes do estado na folha de pagamento de Playboy, segundo a PF e a PM, “não é impossível de ocorrer”. “A investigação vai continuar”, afirmou.
G1

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