Sérgio Cabral e a mulher dele viram réus na Operação Lava Jato

Publicado em 16 de dezembro de 2016

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e mais seis pessoas viraram réus nesta sexta-feira (16) em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato, após o juiz Sérgio Moro aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Na lista estão a mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, executivos da Andrade Gutierrez e pessoas ligadas ao ex-governador.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o grupo teve envolvimento no pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
A força-tarefa da Lava Jato pede o ressarcimento, em prol da Petrobras, de R$ 2,7 milhões.

Lista de denunciados
Sérgio Cabral – ex-governador do Rio de Janeiro: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Adriana Ancelmo – mulher de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Wilson Carlos – secretário do governo do Rio de Janeiro durante a gestão de Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Mônica Carvalho – esposa de Wilson Carlos lavagem de dinheiro
Carlos Emanuel Miranda – sócio do ex-governador Sérgio Cabral: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Rogério Nora – ex-executivo da Andrade Gutierrez: corrupção ativa
Clóvis Primo – ex-executivo da Andrade Gutierrez: corrupção ativa

Mônica Carvalho, Rogério Nora e Clóvis Primo são os únicos denunciados que estão em liberdade.
“Os denunciados Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, Wilson Carlos e Carlos Miranda receberam a vantagem indevida, a qual foi paga em 3 (três) parcelas, a primeira, no dia 18 de outubro de 2008 e, as demais, possivelmente, nos dias 03 de março de 2009 (SP), 10 de março de 2009 (SP), 12 de janeiro de 2009 (RJ) e 14 de janeiro de 2009 (RJ). Em consequência da promessa e da vantagem indevida oferecida, e, posteriormente, paga, Paulo Roberto Costa, em relação a licitações e contratos celebrados pela Andrade Guiterrez com a Petrobras”, diz trecho da denúncia.
Segundo os procuradores do MPF, Sérgio Cabral e Wilson Carlos praticaram atos de ofício com infração aos deveres funcionais, no interesse da Andrade Gutierrez.

Da mesma foram, afirmaram os procuradores, eles se omitiram na prática de atos de ofício que viessem contra os interesses da empreiteira.
Conforme a investigação, o contrato foi celebrado em 2008 no valor de R$ 819,8 milhões e recebeu cinco aditivos, fazendo com que custo da obra subisse para R$ 1.179.845.319,30.

Transferência de Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foi preso em 17 de novembro. Em 10 de dezembro ele foi transferido para Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Cabral foi transferido por ordem do juiz Marcelo Bretas após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciar que o ex-governador estava recebendo visitas de amigos e familiares irregulares.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que “todas as visitas de familiares do ex-governador Sérgio Cabral foram previamente cadastradas e tiveram as carteirinhas de visitantes expedidas conforme normas desta secretaria”.

A defesa de Cabral também alegou que o cliente corria perigo preso em no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
G1

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