Trabalhadores e empregadores se unem em Campina Grande Dirigentes sindicais criam movimento pelo Emprego

Publicado em 12 de julho de 2017

uniao2Representantes das classes de trabalhadores e de empregadores estiveram reunidos na noite desta segunda-feira (10), na Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande – ACCG, com uma só preocupação: criar emprego. O encontro aconteceu por iniciativa do presidente da ACCG, empresário Marcos Procópio que durante a reunião avaliou os efeitos da crise econômica e da revolução tecnológica nas empresas e, consequentemente, no emprego.

O dirigente empresarial ressaltou que diante da perspectiva que se apresenta em curto prazo, se faz necessário um esforço conjunto de toda sociedade para salvar o bem maior do trabalhador que é o emprego. “A tendência é de mais desemprego onde não houver planejamento e estratégias públicas de longo prazo para gerar desenvolvimento, emprego e renda para a sociedade”, proclamou Marcos Procópio.

O presidente da Associação Comercial argumentou que com o avanço das novas tecnologias, haverá uma mudança no hábito de consumo da população, que será atraída pelas vantagens do comércio eletrônico. Na opinião de Marcos Procópio, a probabilidade é de que mais empresas fechem suas portas e o desemprego aumente nos próximos cinco ou dez anos.

O empresário advertiu, também, que a maioria das instituições de ensino ainda não despertou para a necessidade urgente de preparar, hoje, o profissional que o mercado irá exigir nos próximos dez ou quinze anos. “O tempo passa muito rápido e precisamos estar atentos a estes cenários”, sublinhou Marcos Procópio durante a reunião com as lideranças sindicais.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande, Rostand Lucena, concordou com a iniciativa da Associação Comercial, enfatizando que a cidade precisa se unir em defesa dos seus principais interesses. Na oportunidade, ele lembrou que, além do sindicato dos bancários, praticamente nenhum outro setor da sociedade se manifestou contra o fechamento recente de instituições financeiras no município. Segundo Rostand Lucena, quando se fecha uma agência bancária, além do desemprego, se cria também mais dificuldades para a sociedade, que fica sem acesso aos serviços bancários, principalmente em municípios de menor porte, onde predominam as pessoas de baixa escolaridade e o uso das tecnologias ainda não é uma prática comum.
O presidente do Sindicato dos Bancários informou que nas cidades onde não existem mais agências bancárias, o comércio também está desaparecendo e com ele os empregos da população local.
José do Nascimento Coelho, presidente do Sindicato dos Bancários, reconheceu a crise que afeta o emprego no seio de sua categoria. Segundo ele, diariamente o sindicato homologa cerca de 30 rescisões de trabalhadores com mais de um ano de carteira assinada. Coelho chamou a atenção e se mostrou preocupado com o crescimento da informalidade na economia campinense, como consequência do desemprego. Ele reconhece que também que é hora da união de todos os setores da sociedade visando garantir um futuro melhor para a cidade.
Ainda sobre informalidade, Antonino Macedo, da Nova Central Sindical, alertou que a cidade está tomada por motoristas fazendo transporte ilegal de passageiros. Ele citou que essa prática gera vários prejuízos econômicos e sociais para a cidade, prejudicando quem legalmente está autorizado para exercer o transporte de passageiros, que cria emprego e paga impostos. Antonino sugeriu que esse tema também fosse tratado pelo movimento que se iniciava naquela reunião.
Reforçando a tese defendida pelo sindicalista Antonino Macedo, o representante da Força Sindical, Evanilton Almeida, que também preside o sindicato dos trabalhadores em empresas de revenda de combustíveis (postos de gasolina), afirmou que a maioria dos postos de gasolina em Campina Grande encerra suas atividades mais cedo temendo assaltos, geralmente praticados por “mototaxistas clandestinos”. Ele afirmou que uma onda de crimes praticados por bandidos usando jaquetas de mototaxistas tomou conta dos postos de gasolina na cidade, vitimando trabalhadores e clientes. Evanilton relatou que muitos frentistas preferem ficar desempregados temendo a violência e podendo até perder a vida.
Além da Associação Comercial e dos representantes de trabalhadores mencionados, também participaram da reunião os empresários João batista Sales Porto, presidente do sindicato da construção civil, Divaildo Junior, do sindicato das empresas de hospedagem e alimentação, Wilson Vasconcelos, presidente do Sindicato do Comércio de Autopeças, Antonio Andrade Irmão, presidente do sindicato que representa as escolas particulares e Anchieta Bernardino, Diretor Institucional do SITRANS.

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