Vítima da crise financeira, ACI acumula contas de água, está sem internet e já teve o fornecimento de energia suspenso

Publicado em 22 de setembro de 2021

A crise financeira que vem afetando as empresas de comunicação na Paraíba, e em particular em Campina Grande, tem provocado demissões em massa e, por consequência, o fato também atinge diretamente a Associação Campinense de Imprensa – ACI, que passa por um momento difícil, já que sua arrecadação caiu drasticamente e não há onde conseguir dinheiro para quitar as contas que se acumulam.
Basicamente há um ano a entidade começou a sentir a crise mais de perto, depois que viu sua renda mensal cair de algo em torno de R$ 1.800 para cerca de R$ 400. A queda teve início depois os sistemas de comunicação Paraíba, Correio e Borborema promoveram demissões em massa e assim os profissionais da imprensa, que pagavam com desconto direto em folha, não mais efetuaram o pagamento de suas mensalidades. A arrecadação com carnê é mínima e irregular.


Diante do quadro a ACI não pagou as duas últimas contas de energia e o fornecimento foi suspenso pela Energia nesta terça-feira (21). Cada conta gira em torno de R$ 180. Sem energia não funciona o sistema de internet, que aliás também foi bloqueado, e há ainda contas de água em atraso. O prédio da ACI, às margens do Açude Velho, só não está totalmente abandonado porque o fotógrafo Veloso Filho ainda vai um dia outro não ao prédio, abrir portas e janelas, e ficar um tempo ´vigiando´ o local. Ele não recebe nenhum pagamento.
A secretária Ana Lúcia, que há anos prestava serviço a ACI também não trabalha mais no local. Desde setembro do ano passado ela se afastou por não mais receber pagamento, que era feito em virtude de convênio da ACI com a Unimed, mas o sistema médico cancelou a parceria. Ainda foi tentada uma solução para resolver o problema de Ana Lúcia via prefeitura municipal de Campina Grande, mas a negociação com o prefeito Bruno Cunha Lima não avançou.
Após ficar sem o trabalho na ACI a situação de Ana Lúcia, (que é casada com Veloso) sofreu um agravamento e agora pra tentar sobreviver ela está vendendo lanches e quentinhas em casa, no bairro da Liberdade. Além disso, ela mora numa casa alugada e também em virtude da crise está tendo dificuldade para o pagamento, o que levou o proprietário a pedir que ela entregue o imóvel.

Apolinário Pimentel

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