Médico é preso por depredar unidade de saúde e chamar PMs de ‘macacos’

Publicado em 4 de janeiro de 2016

Um médico de 31 anos foi preso em Biritiba Mirim (SP) porque, segundo boletim de ocorrência, ofendeu dois policiais militares chamando-os de “macacos” e “pretos”. Ainda segundo a polícia, ele também danificou o Pronto Atendimento da cidade. O caso aconteceu por volta das 7h de domingo (3), mas o G1 teve acesso ao boletim de ocorrência apenas nesta segunda-feira (4).
De acordo com a Polícia Civil, os policiais foram chamados até o Pronto Atendimento para acalmar o médico que estava depredando a unidade. Segundo um dos policiais, foi preciso pará-lo usando a força. “Na chegada ele já tinha chamado um funcionário de macaco e nós fomos contê-lo porque ele estava muito alterado. E foi nisso que ele me chamou de macaco. Eu, que sou moreno, e o meu colega de farda que é negro”, contou o cabo da Polícia Militar que prefere não se identificar.
Os bancos utilizados por quem espera o atendimento foram quebrados, uma cadeira de rodas também ficou danificada e o gradil da entrada deverá ser trocado. “É triste ver isso no final de um plantão cansativo. Um médico que estudou, fez uma faculdade para aprender a cuidar do próximo não pode sair por ai quebrando uma unidade de saúde”, comenta o PM.
Segundo o boletim de ocorrência, além do médico, uma estudante de 28 anos, que aguardava para ser atendida, interferiu na prisão e também desacatou os policiais. Ela pagou fiança de R$ 788 e vai responder em liberdade.
A Prefeitura de Biritiba-Mirim informou que o médico compareceu à unidade como paciente e não trabalha no Pronto Atendimento. De acordo com a administração municipal, os funcionários que estavam de plantão foram agredidos verbalmente. A Prefeitura disse também que os transtornos causados não interferiram no atendimento dos demais pacientes. A Secretaria de Saúde faz um levantamento dos prejuízos.
Segundo o boletim de ocorrência, o homem de 31 anos que danificou a unidade seria um estudante com ensino superior incompleto. O G1, porém, apurou com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo que o suspeito possui um cadastro ativo para exercer a profissão de médico.
O médico se negou a assinar qualquer documento na delegacia. De acordo com a Polícia Civil, não cabe fiança para os crimes de dano qualificado ao patrimônio público, resistência e desacato. O G1tenta localizar o advogado dele.
O homem foi encaminhado para a cadeia de Mogi das Cruzes e deverá ser transferido nesta segunda-feira (4) para o Centro de Detenção Provisória.
G1

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