Papa Francisco desembarca no Iraque sob forte esquema de segurança

O Papa iniciou nesta sexta-feira (5), em Bagdá, a primeira visita de um líder da Igreja Católica ao Iraque.
Terra mártir. Assim o Papa Francisco definiu o Iraque, nação de maioria muçulmana xiita, que nesta sexta (5) o recebeu de braços abertos. O Papa, que não gosta de segurança, teve que aceitar um carro blindado. Dez mil policiais e militares cuidam para que nada aconteça.
A peregrinação de Francisco tem um forte sentido político. O Papa João Paulo II, que teve uma visita vetada pelo ditador Saddam Hussein, foi contrário à invasão americana ao território iraquiano, em 2003. Agora, o primeiro Papa da história a visitar o Iraque pediu perdão por aquela guerra e por outras que devastaram a nação.
No palácio presidencial, Francisco pediu que os líderes políticos promovam a solidariedade. “Que as armas se calem”, disse o pontífice.
Nas ruas de Bagdá, fiéis esperaram para vê-lo passar. Outros o acompanharam de casa, com a família. “Eu me sinto feliz e seguro com a visita do Papa. É um sinal para o mundo de que o nosso país está ficando melhor”, disse um fiel.
A agenda de emoções fortes teve ainda uma visita ao templo onde, em 2010, terroristas do grupo Al-Qaeda assassinaram brutalmente mais de 50 cristãos. As vítimas devem se tornar mártires da igreja.
Francisco pediu que nenhum cidadão seja considerado de segunda classe e que a diversidade religiosa, cultural e étnica, que por milênios fez parte da vida dos iraquianos, volte a reinar ali, como uma conquista preciosa do Oriente Médio.

Imagem: VATICANNEWS
G1