Brasil se firma como potência esportiva militar com segundo lugar nos JMM

Publicado em 13 de outubro de 2015

jmmCom a participação de vários atletas que já garantiram vaga nos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil encerrou a participação na sexta edição dos Jogos Mundiais Militares, na Coreia do Sul. Com a segunda posição no quadro de medalhas, o objetivo de permanecer entre os cinco melhores foi alcançado. A delegação de 282 atletas em 24 modalidades conquistou 34 ouros, 26 pratas e 24 bronzes, 84 no total. Dois ouros a mais do que a China (32, 31 e 35, 98 no total). A Rússia terminou líder plena, com 135 pódios – 59 ouros, 43 pratas e 33 bronzes. Na edição de 2011, no Rio de Janeiro, o Brasil havia contado com a ausência dos russos para terminar em primeiro, logo à frente da China. Diferente da polêmica causada nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, quando a continência de atletas militares no pódio foi questionada, nos Jogos Mundiais Militares a atitude era normal.

A natação foi o carro-chefe do Brasil, com 28 medalhas, sendo dez de ouro, atrás apenas da China. Nicolas Oliveira e Nicholas dos Santos foram dois dos muitos destaques na piscina coreana. Ter atletas olímpicos fez a diferença. No judô, foram 11 medalhas, sendo cinco ouros com Felipe Kitadai, Eduardo Bettoni, Mariana Silva e as equipes masculina e feminina. Yane Marques levou a prata no pentatlo moderno misto, prova não-olímpica, ao lado de Felipe Nascimento. Atleta militar de mais alta patente na delegação, o tenente-coronel da Aeronáutica, Julio Almeida, levou o ouro com Emerson Duarte e Iengo Batista na pistola 25 metros por equipes. Na esgrima, Renzo Agesta conquistou seu primeiro título mundial com o ouro no sabre.

Rosângela Santos foi o destaque no atletismo, com ouros no revezamento 4x100m e nos 100m, e bronze nos 200m. O boxe foi para a Coreia sem o time titular, que estava no Mundial, mas levou uma prata com Paulo Carvalho e um bronze com Jakcson dos Santos. No ciclismo de estrada, as irmãs Clemilda e Janildes Fernandes ganharam uma prata e um bronze no individual, respectivamente, e ajudaram o Brasil a levar o ouro por equipes. No golfe, que estreava na competição, os irmãos Lucas e Luciane Lee levaram o ouro.

Nas disputas por equipe, o vôlei masculino e feminino mantiveram os títulos conquistados em 2011. No futebol, as mulheres levaram o título, e os homens ficaram apenas em sexto lugar. O basquete masculino, campeão na edição passada, ficou em quarto. Os esportes militares contribuíram com 11 medalhas, sendo três ouros em cada um dos pentatlos: aeronáutico, naval e militar. A 6ª edição dos JMM marcou a estreia de esportes paramilitares. O Brasil contou com quatro competidores e André Rocha levou a prata no arremesso de peso.
O desempenho do Brasil foi considerado um sucesso pelo diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, brigadeiro Carlos Augusto Amaral. Ele ressaltou algumas dificuldades, como a longa viagem, a adaptação ao fuso horário e as distâncias dos locais de competição das vilas de hospedagem. Sobre o desempenho superior de algumas modalidades em detrimento de outras, Amaral diz que será feita uma avaliação.
– De certa forma até superou as expectativas, pois o objetivo estabelecido pelo Ministério da Defesa foi estar entre os cinco primeiros lugares. Algumas modalidades superaram a previsão feita por nós e outras tiveram um desempenho um pouco menor do que o esperado. Vamos agora realizar uma análise dos resultados para corrigir o que for necessário para melhorar o desempenho. O aperfeiçoamento da parceria com o Ministério do Esporte também foi fundamental para a alocação de recursos em apoio às modalidades olímpicas, com vistas também a preparar o time Brasil que participará dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 – disse.
No total, 117 países foram representados nessa edição dos Jogos, com mais de 7 mil participantes. Os Jogos Mundiais Militares voltam em 2019 na cidade de Wuhan, na China. A cerimônia de encerramento por apresentações de dança e demonstração de taekwondo, ao som de música pop coreana. Yane Marques foi a porta-bandeira do Brasil.
Globoesporte

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