Candidato à Fifa, Platini diz que está em seu último mandato na Uefa

Publicado em 30 de agosto de 2015

plaOu tudo ou nada. Se não for eleito presidente da Fifa no dia 26 de fevereiro do ano que vem, Michel Platini terá mais três anos no comando da Uefa e apenas isso. Em entrevista em Mônaco nesta sexta-feira, o dirigente francês evitou falar de sua candidatura à entidade máxima do futebol, mas disse que seu futuro já está desenhado.
– O meu destino é claro: ou deixo a Uefa em seis meses, ou eu deixo Uefa em três anos. O meu mandato vai terminar. É isso mesmo – afirmou o dirigente, presidente da Uefa desde janeiro de 2007 e reeleito duas vezes (em março de 2011 e março de 2015).
Como o evento era da Uefa, após os sorteios da Liga dos Campeões (na quinta) e da Liga Europa (na sexta), Platini avisou logo no início da coletiva que as perguntas sobre a eleição da Fifa não eram bem-vindas.
– Este não é o lugar ou a hora de falar sobre a Fifa. As eleições da Fifa serão em seis meses, e tenho certeza que teremos tempo para falar sobre isso na hora certa.
Mesmo sem entrar em detalhes sobre a sua candidatura – anunciada a 29 de julho – à presidência da Fifa, Platini deu uma coletiva de imprensa repleta de provocações e ironias. Diretamente, o máximo dirigente da Uefa se recusou a responder a qualquer questão sobre a Fifa, remetendo todos os argumentos para assuntos ligados às federações e competições europeias. No entanto, quando questionado indiretamente sobre os mecanismos da Uefa para resistir aos escândalos de corrupção que envolveram a Fifa e várias federações – entre as quais a brasileira – Michel Platini deu a sua justificativa.
– Acho que o mérito foi do presidente (sorriu) – respondeu o francês ironicamente e sem se alongar, provocando gargalhadas na sala de imprensa do Forum Grimaldi no Mônaco.
O ex-Juventus defendeu também as mudanças que impôs no sorteio da Liga dos Campeões, nomeadamente a escolha dos oito campeões nacionais para o primeiro pote do sorteio, em detrimento dos oito times com mais pontos no ranking, o que originou a relegação de gigantes europeus como Real Madrid, Manchester United e City para o segundo pote.
– Os campeões merecem estar no pote um. Temos de respeitar os vencedores de cada campeonato esta é a Liga dos Campeões – disse o presidente da Uefa.
Apesar das críticas de vários jornalistas, Platini defendeu também a presença de cinco clubes espanhóis na competição deste ano.
– É demais ter cinco times espanhóis? Essa é uma boa questão. Antes vocês diziam que a competição deveria ter mais times ingleses, espanhóis e italianos, porque estava ficando aberta demais a clubes de outros países com menos tradição. Efetivamente, nós abrimos o torneio a mais clubes e também ao vencedor da Liga Europa. Os clubes espanhóis têm jogado muito bem a Liga dos Campeões e a Liga Europa nos últimos anos. O Sevilha venceu a Liga Europa e, por isso, a Espanha conquistou merecidamente a quinta vaga no torneio – frisou o dirigente.

Platini elogia clubes ingleses
O tema das regras do fair play financeiro impostas pela Uefa aos clubes voltou a ser abordado. Vários jornalistas questionaram Platini sobre a soberania financeira dos clubes ingleses, em particular do Manchester City, o clube europeu que mais gastou nesta janela. O time de Pellegrini investiu, até ao momento, € 210 milhões (R$ 840 milhões), que pode aumentar para quase € 300 milhões (R$ 1,2 bilhão) caso o time inglês acerte a contratação de Kevin De Bruyne. Platini frisou que as diferenças entre “ricos e pobres” no futebol sempre vão existir e isentou a Uefa de culpa.
– No futebol, o dinheiro sempre foi um fator fundamental. É assim desde sempre. Os franceses dizem “por que é que não somos ricos como os ingleses?”. Os croatas dirão o mesmo em relação aos franceses. A Islândia dirá que é mais pobre que os clubes croatas e as Ilhas Faroé mais ainda que os islandeses. O futebol inglês tem feito grandes investimentos, mas as receitas são excepcionais também, eles têm grandes parceiros investidores e patrocinadores, nos estádios tudo é bem feito, os torcedores britânicos são os melhores do mundo. É um show, onde tudo é belo e desculpem se, pelo menos uma vez na vida, eu falo bem dos ingleses respondeu sorrindo o dirigente.
Antes de dar por encerrada a coletiva de imprensa voltou a fazer uma nova ironia bem ao estilo francês.
– Eu sei que vocês vieram até aqui porque queriam que respondesse a algumas questões especificas. Eu sei por que vocês estão aqui, mas temos de respeitar e seguir a atualidade. Vocês têm o direito de colocar as suas questões e eu tenho o direito de optar por não responder. Peço desculpa por não ter respondido a todas as perguntas (Fifa). O tempo não é muito e não queria tomar o seu tempo, nunca é bom vir até aqui a Mônaco perder tempo, não é? Aqui o clima não é legal, nunca tem sol. Sei que não foi fácil vir aqui para isto – disse o candidato à presidência da Fifa se justificando, uma vez mais, aos jornalistas por ter evitado questões sobre a entidade ainda presidida por Blatter.
Globoesporte

u falar de sua candidatura à entidade máxima do futebol, mas disse que seu futuro já está desenhado.
– O meu destino é claro: ou deixo a Uefa em seis meses, ou eu deixo Uefa em três anos. O meu mandato vai terminar. É isso mesmo – afirmou o dirigente, presidente da Uefa desde janeiro de 2007 e reeleito duas vezes (em março de 2011 e março de 2015).
Como o evento era da Uefa, após os sorteios da Liga dos Campeões (na quinta) e da Liga Europa (na sexta), Platini avisou logo no início da coletiva que as perguntas sobre a eleição da Fifa não eram bem-vindas.
– Este não é o lugar ou a hora de falar sobre a Fifa. As eleições da Fifa serão em seis meses, e tenho certeza que teremos tempo para falar sobre isso na hora certa.
Mesmo sem entrar em detalhes sobre a sua candidatura – anunciada a 29 de julho – à presidência da Fifa, Platini deu uma coletiva de imprensa repleta de provocações e ironias. Diretamente, o máximo dirigente da Uefa se recusou a responder a qualquer questão sobre a Fifa, remetendo todos os argumentos para assuntos ligados às federações e competições europeias. No entanto, quando questionado indiretamente sobre os mecanismos da Uefa para resistir aos escândalos de corrupção que envolveram a Fifa e várias federações – entre as quais a brasileira – Michel Platini deu a sua justificativa.
– Acho que o mérito foi do presidente (sorriu) – respondeu o francês ironicamente e sem se alongar, provocando gargalhadas na sala de imprensa do Forum Grimaldi no Mônaco.
O ex-Juventus defendeu também as mudanças que impôs no sorteio da Liga dos Campeões, nomeadamente a escolha dos oito campeões nacionais para o primeiro pote do sorteio, em detrimento dos oito times com mais pontos no ranking, o que originou a relegação de gigantes europeus como Real Madrid, Manchester United e City para o segundo pote.
– Os campeões merecem estar no pote um. Temos de respeitar os vencedores de cada campeonato esta é a Liga dos Campeões – disse o presidente da Uefa.
Apesar das críticas de vários jornalistas, Platini defendeu também a presença de cinco clubes espanhóis na competição deste ano.
– É demais ter cinco times espanhóis? Essa é uma boa questão. Antes vocês diziam que a competição deveria ter mais times ingleses, espanhóis e italianos, porque estava ficando aberta demais a clubes de outros países com menos tradição. Efetivamente, nós abrimos o torneio a mais clubes e também ao vencedor da Liga Europa. Os clubes espanhóis têm jogado muito bem a Liga dos Campeões e a Liga Europa nos últimos anos. O Sevilha venceu a Liga Europa e, por isso, a Espanha conquistou merecidamente a quinta vaga no torneio – frisou o dirigente.

Platini elogia clubes ingleses
O tema das regras do fair play financeiro impostas pela Uefa aos clubes voltou a ser abordado. Vários jornalistas questionaram Platini sobre a soberania financeira dos clubes ingleses, em particular do Manchester City, o clube europeu que mais gastou nesta janela. O time de Pellegrini investiu, até ao momento, € 210 milhões (R$ 840 milhões), que pode aumentar para quase € 300 milhões (R$ 1,2 bilhão) caso o time inglês acerte a contratação de Kevin De Bruyne. Platini frisou que as diferenças entre “ricos e pobres” no futebol sempre vão existir e isentou a Uefa de culpa.
– No futebol, o dinheiro sempre foi um fator fundamental. É assim desde sempre. Os franceses dizem “por que é que não somos ricos como os ingleses?”. Os croatas dirão o mesmo em relação aos franceses. A Islândia dirá que é mais pobre que os clubes croatas e as Ilhas Faroé mais ainda que os islandeses. O futebol inglês tem feito grandes investimentos, mas as receitas são excepcionais também, eles têm grandes parceiros investidores e patrocinadores, nos estádios tudo é bem feito, os torcedores britânicos são os melhores do mundo. É um show, onde tudo é belo e desculpem se, pelo menos uma vez na vida, eu falo bem dos ingleses respondeu sorrindo o dirigente.
Antes de dar por encerrada a coletiva de imprensa voltou a fazer uma nova ironia bem ao estilo francês.
– Eu sei que vocês vieram até aqui porque queriam que respondesse a algumas questões especificas. Eu sei por que vocês estão aqui, mas temos de respeitar e seguir a atualidade. Vocês têm o direito de colocar as suas questões e eu tenho o direito de optar por não responder. Peço desculpa por não ter respondido a todas as perguntas (Fifa). O tempo não é muito e não queria tomar o seu tempo, nunca é bom vir até aqui a Mônaco perder tempo, não é? Aqui o clima não é legal, nunca tem sol. Sei que não foi fácil vir aqui para isto – disse o candidato à presidência da Fifa se justificando, uma vez mais, aos jornalistas por ter evitado questões sobre a entidade ainda presidida por Blatter.
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